Na primeira década do século XX, o povoado de Monte Belo desencadeou um grande surto de progresso, onde a agricultura desempenhava um enorme papel gerando o desenvolvimento. Contava o povoado de Monte Belo com uma população estimada em 500 habitantes e uma estrutura urbana com casas comerciais e repartições públicas, como cartório extrajudicial. Este crescimento foi interrompido por uma epidemia de malária que provocou elevado número de mortes e mudança de muitas famílias amedrontadas.
Uma situação idêntica ocorreu na região de Itapirema, hoje distrito de Nova Aliança e antigamente localizada em outra área, mais ao sul do atual Distrito. Com o surto da epidemia de malária, os moradores de Itapirema e os proprietários rurais mais próximos foram obrigados a abandonar o local para não se deixar contaminar pela doença que se alastrava rapidamente e não possuía cura, à época. Depois da extinção da epidemia ressurgiu um povoado de forma ativa, com nova população desejosa em produzir nas férteis. Assim surgiu Nova Itapirema.
Em 1920, as famílias de Zeferino Gotardi, Jorge Galvão, Paschoal Proto, Gasparo Traldi e Luís Guilhermite deixaram São Joaquim da Barra – SP, na região porque seus fundadores eram procedentes de uma fazenda denominada “Bela Aliança”. Enquanto as propriedades rurais produziam as principais riquezas do então distrito de São José do Rio Preto, as lideranças foram surgindo e a união de forças passou a imperar para que o distrito alcançasse sua emancipação político-administrativa.
Em 28 de dezembro de 1926, tornou-se distrito do município de São José do Rio Preto. Pelo Decreto-lei nº 14.334, de 20/11/1944, o distrito foi elevado à categoria de Município com o nome de NOVA ALIANÇA, tendo Nova Itapirema, Mendonça e Adolfo como distritos, e Monte Belo como povoado, desmembrando-se de São José do Rio Preto. Com o passar dos anos, os distritos de Mendonça e Adolfo também se emanciparam politicamente.
O povoado de Nova Aliança, assim denominado por seus fundadores em homenagem à propriedade onde haviam morado anteriormente, a Fazenda “Bela Aliança” em São Joaquim da Barra, desenvolveu-se com a agricultura, principalmente o plantio de café, de arroz e de cana-de-açucar.
Comemorava-se o Dia do Município em 12 de outubro, data de sua fundação, também consagrado à Padroeira Nossa Senhora Aparecida. Porém, a atual administração (2013/2016) alterou a data para 30 de novembro, em referência à emancipação política (vide art. 210 da Lei Orgânica do Município, de 13/12/2005). http://www.leinasnuvens.com.br/legislacao/SP/nova_alianca_2005/dezembro/lo.php
Aliancenses ilustres
• Oswald de Souza, matemático.
• Luiz Antonio Fleury Filho, ex-governador do Estado de São Paulo
Conforme relato do saudoso Fidelis Silva, antigo morador de Nova Itapirema, tal distrito foi iniciado por um singelo lavrador, de onde a História só lhe guarda o prenome, Estevão, arrendatário da então propriedade da família Lucatto.
Ainda de acordo com nosso cronista, o nome “Itapirema” (do latim, “ita” = pedra, “pires” = fogo) derivaria de uma antiga maldição, originária do povoado que se convencionou chamar de “Itapirema Velha”. Um morador, acusado injustamente de desonrar uma moça, foi alvo da ira da população local, que lhe causou a morte espúria. Porém, antes da execução, apelou a salvação ao sacerdote. Este clamou a população a conceder a misericórdia ao suposto violador, sob a pena de ser amaldiçoada com a infertilidade da terra, “que arderia em brasa para sempre, tornando a habitação insuportável”.
Fato ou lenda, o morador foi executado com a pena capital, e, tempos depois, a área de Itapirema Velha tornou-se tão quente que, aliada à epidemia de malária, forçou sem fim. Relata-se que as ruínas do cemitério da antiga vila até hoje têm o chão em brasa, fazendo jus ao nome.